No dia 14 de setembro foi comemorado o dia internacional das iguanas, essa data tão especial que busca trazer atenção para esses répteis tão emblemáticos.
As iguanas são uma das maiores espécies de lagartos de nosso país, podendo chegar até dois metros de comprimento da ponta de seu focinho até o final de sua cauda. Apesar do tamanho impressionante, esses animais não apresentam riscos para a vida humana, sendo primariamente herbívoros muito tranquilos e que passam a maior parte de seu tempo descansando sobre as pedras e os galhos das árvores. Esses hábitos se devem principalmente pelo fato de que as iguanas são animais ectotérmicos, ou seja, a temperatura de seus corpos é controlada por fontes externas, como o ambiente e a luz do sol, são os famosos “animais de sangue frio”.
Uma das características mais conhecidas desses animais é a presença da barbela, que é a extensão de pele que as iguanas possuem no pescoço, essa estrutura é muito utilizada por elas para a comunicação social na hora de atrair parceiros, a regulação da temperatura corporal e também para indicar dominância e defender território. Normalmente essa estrutura tende a ser maior nos machos do que nas fêmeas. Além disso, outra característica bem icônica das iguanas é a presença da crista dorsal, que nada mais é que o conjunto dos espinhos que recobrem as costas desses animais desde a cabeça até a ponta da cauda. Essa estrutura serve para ajudar na termorregulação corporal desses animais e fazer com que não superaqueçam, já que são moradores de climas mais quentes. Inclusive na natureza, podem ser encontrados principalmente no topo das árvores, já que são exímias escaladoras devido às suas fortes garras.
Uma outra curiosidade dessa espécie é o fato de que as iguanas possuem um “terceiro olho” conhecido como olho pineal, essa é uma estrutura sensível que fica no topo da cabeça
desses animais, e apesar de não ser capaz de definir formas e cores tão bem quanto seus olhos que ficam na lateral do rosto, esse “olho” extra ajuda na detecção das variações de luz e se organizar melhor quanto a passagem do tempo.
Entre as principais ameaças à sobrevivência desses animais, podemos destacar a perda de habitat, causada pelo desmatamento, expansão agrícola, urbanização e queimadas. O tráfico de animais silvestres, já que muitas iguanas são capturadas ilegalmente para serem comercializadas como animais de estimação exóticos. Além disso, muitas vezes as iguanas são caçadas para consumo. Por fim, assim como muitas outras espécies, esses répteis também se encontram afetados pelas mudanças climáticas e a introdução de espécies exóticas, principalmente de roedores, em seus habitats.
Aqui no Bioparque do Rio, nós possuímos um casal de iguanas-verdes, o Ivan e a Alface, eles moram dentro de nosso viveiro de imersão e podem ser encontrados quase sempre pegando sol no solo ou descansando nas estruturas de madeira nas áreas mais altas do recinto. Se você gostou dessas curiosidades sobre esses répteis incríveis e quer saber mais sobre o mundo das iguanas e de outros animais, não deixe de passar no Bioparque! Garanta seu ingresso no site ofical.
REFERÊNCIAS:
Hayes, W. K.; Iverson, J. B.; Knapp, C. R.; et al. Do invasive rodents impact endangered insular iguana populations? Biodiversity and Conservation, v. 21, p. 1893-1899, 2012. DOI: 10.1007/s10531-012-0276-4.