No dia 12 de novembro de todos os anos, é comemorado o Dia do Pantanal, data criada em homenagem ao ambientalista Francisco Anselmo de Barros, que faleceu em uma manifestação pela conservação deste bioma. Tal celebração tem como objetivo conscientizar da importância de um ecossistema tão biodiverso. Com uma área de aproximadamente 210 mil km2, o Pantanal é uma planície inundável (área de terreno plano e baixo, geralmente próxima a rios, que alaga durante as cheias), e está inserido na parte central da bacia hidrográfica do Alto Paraguai. Conhecido por esse grande reservatório de água doce e de solo rico, ele ocupa parte dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e estende-se pela Bolívia e Paraguai. É um bioma com rica biodiversidade, berço de mais de 4.000 espécies de fauna e flora. Dentre os animais emblemáticos deste ecossistema temos aqui no BioParque do Rio:
– Arara-azul
– Tamanduá-bandeira
– Capivara
– Ema
– Jacaré-do-papo-amarelo
Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus)
Possuindo plumagem de coloração azul intensa e envergadura das asas de até 140 cm, a araras-azul é uma ave diurna, social e monogâmica. Sua alimentação tem como base sementes e frutos duros, os quais utiliza seu bico forte para quebrá-las, devido à isso, são consideradas ótimas dispersoras. Seu Status de Conservação é considerado como “Vulnerável” de acordo com a IUCN, e suas principais ameaças são perda de habitat e comércio ilegal.
Onça-pintada (Panthera onca)
Considerada o maior felino das Américas e possuindo a maior força de mordida dentre todos, a onça-pintada é uma grande predadora de topo de cadeia, sendo soberana em todos os ambientes que vive, alimentando-se desde pequenos mamíferos e aves, até répteis, como jacarés e sucuris. É um animal de hábitos majoritariamente noturnos e crepusculares, sendo mais ativos ao anoitecer e amanhecer. Uma de suas características físicas mais marcantes, são pintinhas espalhadas por seu pêlo dourado, entretanto algo que pode ocorrer de maneira frequente, é o melanismo. Causado por uma mutação genética, que resulta na produção maior de melanina, deixando sua coloração mais escura, mesmo suas rosetas permanecem como um “relevo”. Seu Status de Conservação é consta como “Quase ameaçada” de acordo com a IUCN, e suas principais ameaças são perda de habitat e caça.
Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla)
Considerado o maior das quatro espécies de tamanduá existentes, o tamanduá-bandeira pode atingir 2,4m de comprimento, desde a ponta do focinho até o final da cauda. Uma característica marcante desses animais, é a ausência de dentes, entretanto possui uma longa e pegajosa língua capaz de capturar todas as 35 mil formigas e cupins que se alimenta todos os dias. E mesmo que não possa contar com sua visão para capturá-las, seu olfato é bastante desenvolvido, sendo 40 vezes mais poderoso que dos humanos. Os tamanduás-bandeira podem ser encontrados em toda a América do Sul e em partes da Central. Geralmente são animais solitários, as fêmeas têm um único filhote por ano, que pode ser comumente observado nas costas da mãe, e somente após 2 anos de idade, são considerados adultos. Apesar de não serem animais agressivos, quando se sentem encurralados podem utilizar de suas longas garras para se defender. Seu status de conservação consta como “Vulnerável” de acordo com a IUCN e seus principais problemas enfrentados são a perda de habitat e a caça.
Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris)
Conhecida por ser o maior roedor do mundo com aproximadamente 50 kg, a capivara é um mamífero herbívoro semiaquático encontrado nas áreas úmidas de quase toda a América. Se alimenta de gramíneos, plantas aquáticas, frutos e sementes, comumente observado roendo cascas de árvores para desgastar seus protuberantes dentes incisivos. São animais sociais, vivendo em bandos geralmente dominados por um macho. Seu status de conservação consta como “Pouco Preocupante” de acordo com a IUCN e suas principais ameaças são a caça e perda de habitat, mesmo sendo considerada muito adaptável à vida urbana.
Ema (Rhea americana)
Ema é uma ave de grande porte não voadora nativa da América do Sul, utilizando suas asas para se equilibrar enquanto corre. Podendo chegar até 1,6 m e pesar entre 32 a 35 kg, é a maior e mais pesada ave brasileira, com penas macias e coloração acinzentada. Possui dieta onívora, se alimentando de folhas, frutas e insetos. São animais diurnos e costumam viver em bandos. Seu status de conservação consta como “Quase ameaçado” de acordo com a IUCN e suas principais ameaças são a caça e invasão de seu habitat.
Jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris)
Dentre as 6 espécies de jacaré do Brasil, o jacaré-de-papo-amarelo é considerado um crocodiliano de tamanho médio, com comprimento médio de 2 a 3 m. Possuem hábitos solitários, e são considerados carnívoros, alimentando-se de peixes e mamíferos. São encontrados em regiões de manguezais com vegetação densa, pântanos e valas. Uma curiosidade interessante é que a temperatura do ambiente possui grande influência na determinação dos gêneros dos filhotes, no qual temperaturas acima de 33°C dão origem a machos e de 29° a 31°C nascerão fêmeas. Seu status de conservação consta como “Pouco Preocupante” de acordo com a IUCN e suas principais ameaças são a caça e perda de habitat, mesmo sendo considerado muito adaptável à vida urbana.
Referências: https://semil.sp.gov.br/educacaoambiental/2024/11/12-de-novembro-dia-do-pantanal/
https://www.wwf.org.br/nossosconteudos/biomas/pantanal
https://www.nationalgeographicbrasil.com/animais/mamiferos/tamandua-bandeira
