Digno de um super poder e completamente envolto em lendas, o Axolote é o anfíbio mais falado do momento! Sua popularidade se deu pelo seu sorriso amigável e por suas curiosas características.
Mas quem é a Axolote?
O Axolote (Ambystoma mexicanum) é um anfíbio, ou seja, faz parte da mesma família que os sapos, cecílias e pererecas. Este grupo é conhecido por seu ciclo de vida que apresenta 2 fases de desenvolvimento: a fase larval que ocorre na água, quando os indivíduos são chamados de girinos, e a fase adulta que ocorre na terra.
Os Axolotes pertencem ao grupo das salamandras (Caudata), que diferentemente dos outros anfíbios apresentam o corpo alongado e se locomovem de forma horizontal. Podem chegar aos 30 centímetros de comprimento e pesar entre 50 e 220 gramas, também apresentam 4 pares de patas e uma cauda longa, além de brânquias que os ajudam a respirar.
Eles são exclusivos do México e podem ser encontrados especificamente no Lago Xochimilco, localizado na Cidade do México. Além disso, são símbolos nacionais do país e estão presentes na nota de 50 pesos mexicanos.
Possui hábitos solitários, mas interagem para acasalar, normalmente a postura de ovos é feita em plantas dentro d’água, assim como os outros anfíbios. Também possuem hábitos noturnos e sua alimentação é composta por pequenos invertebrados como moluscos, insetos e crustáceos e outros pequenos vertebrados, como outros girinos.
Onde nascem as lendas?
Na mitologia Asteca, o axolote é a representação Xolotl, o deus do relâmpago e o guia dos mortos. Ele possui vários trabalhos, sendo um deles é proteger o Sol durante sua jornada de se pôr e nascer. Reza a lenda que, para fugir da morte, Xolotl se transformou em uma criatura aquática e assim conseguiu se esconder e permanecer em uma forma juvenil.
Mas não é só o animal que está envolto em lendas e mistério, sua casa também. O Lago Xochimilco, conhecido por seus exuberantes jardins flutuantes chamados Chinampas, que são ilhas artificiais criadas para fins agrícolas e plantações. Além disso, o nome Xochimilco significa “onde crescem as flores”. Por estes motivos, o lago é naturalmente ligado a Xochiquetzal, a deusa das flores, vegetação e artes.
Um poder especial e as ameaças enfrentadas pela espécie
O místico se mistura à ciência quando o axolote é um dos poucos vertebrados que conseguem regenerar órgãos e tecidos vitais como coração, medula espinhal, cérebro e, também produzem novos neurônios ao longo da vida. Além disso, este animal é capaz de parar o seu desenvolvimento após a fase larval em um fenômeno chamado neotenia, ou seja, como ele não realiza a metamorfose completa, mantendo as características juvenis até o final de sua vida, como se fossem grandes “girinos”.
O Axolote tem grande importância para pesquisas contra o câncer e está criticamente ameaçado de extinção com menos de mil indivíduos registrados na natureza. Esse pequeno anfíbio vem sofrendo algumas ameaças à sua sobrevivência, como: a destruição de seu habitat, a propagação de espécies invasoras, a poluição das águas e principalmente com a caça e o tráfico ilegal.
A compra e venda desses animais contribui para o desaparecimento deste animal na natureza e impacta todo o ecossistema em que vivem, por isso, vale lembrar que, mesmo que no Brasil não haja nenhuma lei específica sobre os Axolotes, a compra, venda e a manutenção de animais exóticos sem a devida autorização é crime ambiental, conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), sendo sujeito a R$5.000 de multa no caso dos axolotes.
Você sabia que pode conhecer essa criatura que desafia o tempo?
Aqui no BioParque do Rio, você pode encontrar o Reino dos Axolotes próximo da lanchonete “Toca da Onça” e do antigo Crepúsculo, onde atualmente moram nossos escorpiões e aranhas.
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Referências
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