Conhecido por seu estilo de vida lento e tranquilo, o bicho-preguiça é um dos animais mais queridos de toda América do Sul. Todos os 3° sábados de Outubro é comemorado o seu dia, o Dia Internacional do Bicho-preguiça, esta data é dedicada a conscientização sobre a importância das espécies de preguiça e de seus habitats, que sofrem frequentemente com o desmatamento e a caça.
Atualmente contamos com 6 espécies de preguiças, que são divididas em 2 gêneros que se diferenciam pela quantidade de dedos das patas dianteiras. O gênero Choloepus conta com duas espécies e os seus integrantes possuem 2 dedos; já o gênero Bradypus possui quatro espécies de preguiças e todas contém 3 dedos.
Os bichos-preguiça são essenciais para a saúde dos ecossistemas. Eles auxiliam na dispersão de sementes, um processo que as ajuda a afastar as sementes da árvore-mãe. Também são considerados bioindicadores, ou seja, sua presença em um determinado ambiente indica se ele está saudável ou se ainda há algum fragmento de floresta conservado, já que sua alimentação e habitat estão fortemente ligados às florestas. Embora estes animais tenham uma dieta herbívora e folívora, se alimentando de folhas, podem complementar sua alimentação com frutos, flores, sementes e até brotos. Um de seus alimentos preferidos são as folhas de Embaúba (Cecropia).
Além disso, estes animais possuem hábitos solitários, são arborícolas e nadador surpreendente e, apesar de sempre serem lembrados pelo seu seu jeito devagar, podem atingir entre 0,5 e 1,6 km/h nas copas das árvores, mas quando está no solo sua velocidade é reduzida.
As preguiças são consideradas ecossistemas móveis, podendo ter associação com diversos fungos, artrópodes, bactérias e algas, como as microalgas do gênero Trichophilus sp., que possui uma coloração esverdeada, a qual auxilia as preguiças a se camuflarem nas folhas das árvores.
Além das microalgas, mais de 70 grupos de artrópodes podem usar o pêlo das preguiças como casa, um exemplo são as mariposas do gênero Cryptoses sp; As fêmeas desse grupo colocam seus ovos nas fezes das preguiças e quando eles eclodem, as larvas crescem se alimentando delas e, ao se tornarem adultas, retornam ao pelo do animal.
Você já se perguntou por que os bichos-preguiças são lentos?
(Se possível colocar em negrito, como um título e no centro da página)
As preguiças são animais herbívoros com uma dieta à base de folhas, com poucos nutrientes, de baixa calorias e ricas em celulose que tem difícil digestão. Por isso, estes animais possuem um grande estômago dividido em 4 câmaras, onde a digestão do alimento pode levar até semanas, mesmo com ajuda de algumas bactérias. Junto a isso, os bichos-preguiças também possuem hábitos arborícolas e um metabolismo que o ajuda a guardar energia mas que acarreta no seu famoso estilo de vida “preguiçoso”.
Conheça o Zorro, a preguiça do BioParque do Rio!
Aqui no BioParque você pode conhecer o Zorro, nossa preguiça-real, que ganhou esse nome por conta da sua pelagem facial que lembra muito uma máscara.

O Zorro chegou ao Rio de Janeiro no dia 19 de agosto de 2011, data em que comemoramos seu aniversário. Você pode encontrá-lo no recinto Imersão Tropical junta as araras, iguanas e cutias, é muito comum vê-lo tirando uma soneca em cima das caixas-ninho das aranhas ou na parte de cima do recinto, principalmente onde é muita vegetação ou uma plataforma.
Ficou curioso, então não deixe de nos visitar , compre o seu ingresso e que a gente te espera aqui no BioParque do Rio.
Vocabulário – Vem aprender com a gente!
Ecossistema – É um ambiente composto por interações entre seres vivos e outros elementos não vivos, como ar, solo, água, temperatura ou etc…
Metabolismo – Forma que o corpo transforma alimentos em energia, resultando no funcionamento das funções vitais, como respiração, batidas do coração, digestão e entre outros, permitindo ao corpo se manter vivo.
Celulose – Produto da natureza, encontrado na parede celular das plantas, é de difícil digestão e pode ser utilizado para produzir papel, tecido e outros materiais.
Gênero (Taxonomia) – Classificação que agrupa animais que apresentam um ancestral em comum e, por este motivo, compartilham características corporais parecidas ou semelhanças genéticas.
Bioindicador – Um organismo (que pode ser uma planta, um animal ou um microrganismo, como as bactérias) atua como um detetive, indicando a saúde do ar, da água e do solo por meio de sua presença ou ausência.
Arborícola – Animais vivem nas árvores, é lá que buscam alimentos, moram, se protegem e até reproduzem.
Referências
MIRANDA, Flávia Regina; RÖHE, Fábio; VAZ, Sergio Maia. Avaliação do risco de extinção de Choloepus didactylus (ILLIGER, 1811) no Brasil. Avaliação do Risco de Extinção dos Xenartros Brasileiros, p. 55-61, 2015.
Prado, M. R., E. C. Rocha e G. M. Lessa. 2008. Mamíferos de médio e grande porte em um fragmento de Mata Atlântica, Minas Gerais, Brasil. Revista Árvore 32(4): 741-749
Santos, P.M.; Moraes-Barros, N.; Rohe, F.; Miranda, F.R.; Vaz, S.M. 2024. Choloepus didactylus Illiger, 1811. Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade – SALVE – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio. Disponível em: https://salve.icmbio.gov.br DOI: 10.37002/salve.ficha.22375.2 – Acesso em: 24 de set. de 2025.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA. Centro de Ciências Exatas e da Natureza. Curiosidades no Mundo Animal: Bichos Interessantes: Bicho-preguiça e um Ecossistema – CCEN/UFPB. \[S. l.\], 2025. Disponível em: https://www.ufpb.br/ccen/contents/noticias/curiosidades-no-mundo-animal-bichos-interessantes-bicho-preguica-e-um-ecossistema-ccen-ufpb. Acesso em: 13 set. 2025.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Instituto de Física de São Carlos. Hibernação, torpor e sono: distinguir os animais que de fato hibernam daqueles que passam por um estado de torpor diário. \[S. l.\], 2025. Disponível em: https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/hibernacao-torpor-e-sono-distinguir-os-animais-que-de-fato-hibernam-daqueles-que-passam-por-um-estado-de-torpor-diario/. Acesso em: 9 out. 2025.


