Para serem protegidas contra a extinção iminente, algumas espécies ameaçadas e/ou já extintas em certos locais no mundo, estão sob cuidados humanos em bioparques e aquários. Esse controle garante que as populações apresentem uma estrutura etária saudável, resistência a doenças, reprodução consistente e, consequentemente, sua conservação.
Um dos principais objetivos de projetos de conservação é estabelecer populações por meio de reprodução controlada ou natural nos recintos. A proposta é aumentar o número de indivíduos da espécie para que ela se torne grande o suficiente para se tornarem demograficamente estáveis. Além disso, garantir que sejam geneticamente viáveis, gerando filhotes capazes de deixarem descendentes férteis, ou seja, que possam ter filhos.
O estabelecimento de populações sob cuidado humano é uma importante contribuição para a conservação de espécies ameaçadas de extinção. Essa é uma forma de manter as populações saudáveis e com capacidade de reprodução de nível internacional a regional.
As Araras Canindé
A arara-canindé é uma ave nativa da América do Sul e de ampla distribuição nos biomas brasileiros, ocupando áreas na Floresta Amazônica, Cerrado e Mata Atlântica. São animais de hábitos generalistas, o que permite estarem presentes em ambientes diferentes, desempenham papéis ecológicos fundamentais, isso porque se alimentam de sementes e frutas e sendo dispersores de grandes sementes por longas distâncias.
Apesar de seu estado de conservação ser considerado pouco preocupante no Brasil, hoje suas populações estão praticamente extintas nos remanescentes da Mata Atlântica. Seu último registro de voo no Rio de Janeiro foi em 1818, há mais de 200 anos atrás. Seu declínio é reflexo de ações históricas de desmatamento do bioma, que hoje conta com apenas 12,7% de sua cobertura original, caça ilegal devido ao interesse por sua plumagem e tráfico de animais selvagens, por ser um animal muito cobiçado como pet tanto no país quanto no exterior.
Sucesso reprodutivo de araras canindé
O grupo técnico do BioParque do Rio instalou ninhos especiais para testar a reprodutibilidade das araras-canindé de forma natural. Deixando que as mesmas encontrassem seus pares e que escolhessem os ninhos construídos pela equipe, a resposta não poderia ter sido melhor: temos filhotes!
Por algumas semanas os responsáveis técnicos pelo bem estar dos animais acompanharam e monitoraram os ninhos e os filhotes de perto. Quando os bebês fizeram dois meses de idade, chips de identificação foram implantados, isso é importante para identificar e manejar os indivíduos ao longo da vida.
Anilhas, que funcionam como um RG das aves, foram também colocadas nas patinhas das Araras. Esse procedimento é fundamental para sua identificação ao longo da vida.
Além dos procedimentos de identificação dos novos bebês, foram realizados também exames de sangue para, além de atestar a saúde dos animais, poder identificar o sexo dos animais e: TEMOS DUAS MENINAS!
Agora elas crescem saudáveis e serelepes pela Imersão Tropical do BioParque do Rio, junto com seus pais e outras diversas aves, elas crescem e aprendem os típicos comportamentos de uma arara: comer, voar, explorar local e conviver com diversas espécies. Vamos acompanhar os próximos passos desse lindo projeto de conservação!
Quer conhecer as novas araras-canindé, araras-vermelhas, e outras aves bem pertinho? Vem pro Bio Parque do Rio!
No nosso recinto Imersão Tropical, você encontrará espécies de variados ecossistemas tropicais. Algumas dessas espécies que participam dos projetos de conservação do BioParque do Rio estão ameaçadas de extinção. Prepare-se para uma experiência imersiva de cores, sons e movimentos.
