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O BioParque do Rio deu um passo histórico na conservação de anfíbios ao inaugurar um novo laboratório dedicado à proteção da rã-de-seropédica, uma espécie ameaçada pela destruição do habitat natural. Esse é o primeiro projeto do gênero no estado do Rio de Janeiro e busca desenvolver protocolos inovadores para a manutenção e reprodução desses animais sob cuidados humanos.

Investimento em pesquisa e estrutura para a conservação de anfíbios

A iniciativa é resultado de uma parceria com a ONG Amphibian Ark e o ICMBio, que identificaram espécies de anfíbios em risco e recomendaram a criação de programas de conservação fora do habitat natural. O BioParque do Rio foi uma das três instituições selecionadas para liderar esses trabalhos, contando com o suporte de pesquisadores renomados como Dr. Sergio Potsch, Dra. Ana Telles e Dr. Fábio Hepp. A estrutura conta com salas especializadas para atender todas as necessidades sanitárias e de manejo de espécies de répteis e anfíbios ameaçados.

Desenvolvimento de protocolos para conservação de anfíbios

Como a rã-de-seropédica nunca foi mantida sob cuidados humanos, ainda não existem protocolos estabelecidos para sua reprodução e manejo. Para evitar riscos ao capturar diretamente os animais, os pesquisadores começaram os estudos com a rã-signifer (Physalaemus signifer), uma espécie semelhante que não está ameaçada.

A meta é desenvolver técnicas eficazes que possam ser aplicadas futuramente à rã-de-seropédica, permitindo a criação de uma população de segurança da espécie. A longo prazo, também serão estudadas áreas adequadas para a reintrodução desses animais na natureza, garantindo a sua sobrevivência.

Outros projetos de conservação do BioParque do Rio

Além do projeto focado na conservação de anfíbios, o BioParque do Rio desenvolve diversas iniciativas voltadas para a proteção da biodiversidade. O parque possui um Programa de Pesquisa e Conservação que atua em frentes como bem-estar animal, educação ambiental, saúde animal e design de recintos zoológicos.

Entre as iniciativas mais ambiciosas está a criação de um banco de células de animais selvagens, previsto para 2025. Esse projeto visa ampliar as possibilidades de conservação genética e estudos científicos, fortalecendo a proteção de espécies ameaçadas.

O parque também apoia projetos como o Onças Urbanas, desenvolvido por pesquisadores da FAUNA RIO e da UFRJ, que monitora felinos silvestres como a onça-parda e o lobo-guará na zona costeira metropolitana do Rio de Janeiro. Além disso, colabora com estudos genéticos conduzidos pela PUC-RS sobre onças-pintadas, contribuindo para seu manejo sustentável.

Com iniciativas inovadoras e investimentos constantes, o BioParque do Rio reforça seu papel como um dos principais centros de pesquisa e conservação de anfíbios e outras espécies ameaçadas no Brasil.

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